Dalla Comunità SANTA TERESINHA – San PAoLO – Brasile
REFLEXÃO A PARTIR DA CIRCULAR 978
1. Pergunta: Porque levantar monumentos? Vivamos o momento presente
PORQUE LEVANTAR MOMUMENTOS
Por que o monumento tem função didática e pública, transmite às gerações futuras acontecimentos e marcos que não devem ser esquecidos. Propiciam a ideia de um diálogo entre passado e presente, permitindo uma ligação entre o existente e o que já não existe, atuando como depositários de memória.
Por que representa e revela valores de uma sociedade, é o testemunho de determinada cultura sob a forma material, na qual sua capacidade narrativa excede a vida da sociedade que o originou.
Por que a memória de uma sociedade pode ser identificada através de um monumento que nasce, pode ser apagada, é destruída e, às vezes, renasce.
Por que a memória se concretiza, muitas vezes, em artefatos que vão desde um documento escrito até os grandes monumentos arquitetônicos. Esses bens patrimoniais tornam próximo o que é distante no tempo e no espaço. Estabelecem um contato afetivo, cognitivo e sensorial entre o atual e o passado.
Compreensão do sentido de monumento usado por Dom Bosco.
Na véspera da fundação, dia 4, Dom Bosco falou às jovens, explicando-lhes a importância e o sentido do instituto: “Vós agora pertenceis a uma família religiosa, que é toda de Nossa Senhora; sois poucas, desprovidas de meios, não amparadas pela aprovação humana. Nada vos perturbe O instituto terá um grande futuro se vos
mantiverdes simples, pobres, recatadas. Pensai com frequência que o vosso instituto deverá ser o monumento vivo da gratidão de Dom Bosco à Grande Mãe de Deus, invocada sob o título de Auxílio dos Cristãos” (cf. Cronistoria I 305-306).
– Somos monumento vivo para expressar o reconhecimento a Maria que pode ser considerada “mulher de memória”, pois “guardava todas estas coisas meditando-as em seu coração”. (Lc 2,19).
– O Magnificat de Maria é um canto onde a memória das grandes coisas realizadas por Deus se exprime em reconhecimento e agradecimento.
– Primeira dimensão do monumento vivo é ser como Maria, mulheres de memória: memória do coração, das narrativas de vida por meio de relações fraternas e do diálogo.
– Monumento vivo supõe dinamismo; somos monumento vivo de gratidão e podemos “recordá-lo” e entregá-lo às gerações futuras. Base para este monumento: interioridade e oração, para sermos mulheres de memória com Maria e como Maria,
acolhendo a graça de Deus para vivermos, em plenitude, nossa identidade de Filhas de Maria Auxiliadora.
VIVAMOS O MOMENTO PRESENTE
É importante viver o momento presente, mas sem perder a memória do nosso passado e estarmos abertas para o futuro.
– Viver o momento presente com a certeza da presença contínua de Maria. Dom Bosco já dizia – “Maria caminha nesta casa”.
A Sagrada Escritura também ilumina a compreensão do significado e importância de vivermos o momento presente: “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo”. (Mt 6, 34).
– Estarmos também abertas para o futuro, no sentido de projetá-lo e entrega-lo às novas gerações, com toda a riqueza do carisma salesiano.
2- COMO VIVEMOS ESTES ASPECTOS EM NOSSA REALIDADE? PERCEBEMOS A RESPONSABILIDADE DE SERMOS HOJE, COMO COMUNIDADE, MEMÓRIA VIVA DO ESTILO DE VIDA DE MARIA, A SER TRANSMITIDO COM ALEGRIA ÁS JOVENS GERAÇÕES
– Há, por parte das Irmãs, um esforço diário para viver os compromissos da Consagração Religiosa, na vida Salesiana. No entanto, pelas dificuldades físicas e psicológicas decorrentes da idade, todo esforço nem sempre tem sucesso.
– Percebemos nossa responsabilidade, sobretudo no sentido de construirmos comunidades que se esforçam por “harmonizar a unidade na diversidade, como monumento vivo de pedras diferentes e preciosas, mas todas resplendentes da luz de Deus”.
– Neste percurso, “Maria nos ensina a não fugir dos desafios, mas a acolhê-los como oportunidades”. E os desafios estão na vivência de “gestos de humanidade”: um simples sorriso, uma escuta silenciosa e amorosa, um olhar bondoso que acolhem a diferença e a multiculturalidade.
– Para sermos memória vida do estilo de vida de Maria, há esforço na busca de uma espiritualidade marcada pelo “Magnificat” de Maria: gratidão à Maria “como hóspede de nossa cotidianidade”; gratidão recíproca vivida na reconciliação para renovação contínua da comunidade.
– E fieis ao que os jovens nos disseram no CG XXIII nos esforçamos para oferecer-lhes, na medida do possível “uma casa”, onde se sintam estimados, valorizados e acompanhados no seu amadurecimento integral.
– Vemos também a necessidade de acompanharmos, valorizarmos e sobretudo rezarmos pelOs projetos de voluntariado e Associações: ADMA, MJS e VIDES como campos nos quais jovens e adultos olham para o futuro com esperança e amor.
São Paulo, 10 de abril de 2020