Dalla Comunità Pio XII – Belo Horizonte – Ispettoria Madre Mazzarello (BBH) – Brasile
Circular 988 – A SINODALIDADE COMO ESTILO DE VIDA
1. Perguntemo-nos: percebemos em nossas comunidades educativas a presença de Jesus que caminha conosco e nos ajuda a concretizar uma verdadeira conversão pastoral? No encontro com Ele encontramos o ardor apostólico de anunciar com alegria, especialmente aos jovens, que o encontramos como Ressuscitado e o reconhecemos no partir do pão?
Somos comunidades educativas a caminho. Percebemos a presença de Jesus que orienta nossos passos de conversão, sobretudo quando educamos e somos educadas na vivência da nossa ação pedagógica-pastoral. Percebemos sua presença ao ver os educadores em sintonia com o carisma, acompanhando as juventudes. Um desafio para nós, FMA, é conciliar as exigências da dimensão institucional da missão com seus aspectos carismáticos. A gestão das obras requer uma postura específica que pode comprometer a força do nosso testemunho, se essa não vem fundamentada em uma profunda experiência de fé. A relação com os colaboradores nos desafia a agir com justiça e a transmitir nosso compromisso com a missão de “tornar Jesus conhecido e amado”.
2. Talvez surja em nós uma pergunta: como reconhecer se nossas comunidades estão vivendo a dimensão sinodal hoje e como torná-la mais visível em toda a sua riqueza?
Uma comunidade sinodal vive a centralidade de Cristo. A vivência comunitária é marcada pelo espírito de família; possibilita o diálogo, a acolhida recíproca, a gratuidade, o crescimento pessoal, o desevolvimento dos dons; é capaz de se avaliar com serenidade e se alegrar com os passos dados, reconhecendo com humildade as fragilidades. A missão é planejada e realizada insieme. Os membros da Comunidade Educativa falam a mesma linguagem e se envolvem nos processos educativos. Há um clima de familiaridade e os jovens se sentem amados. Quanto mais fortalecemos a dimensão cristocêntrica em nossa vida consgrada, tanto mais se faz visível a riqueza da dimensão sinodal de nossas comuniades, que se tornam geradoras de vida.
3. Nossas comunidades, através de uma pastoral juvenil sinodal, têm coragem de propor um caminho vocacional gradual e oportuno como resposta às inquietações dos jovens? Existe em nossas comunidades esta força propositiva que brota do encontro pessoal e comunitário com o Senhor Jesus, encontrado na oração, na adoração, na escuta da Palavra de Deus, no serviço aos pobres?
Há a força propositiva da pastoral juvenil sinodal, mas ainda é tímida, não atingindo a realidade plural dos nossos jovens. Como Inspetoria, precisamos buscar caminhos novos e audazes para promovermos o protagonismo juvenil, compartilhando com eles a missão: “A ti as confio!”. A Articulação da Juventude Salesiana e o VIDES precisam ganhar um novo rosto, pois ainda não atingiram seu potencial na IMM. As propostas são variadas, mas a adesão é pouca. Um sinal de esperança é o itinerário para a elaboração do Projeto de Vida, que está sendo elaborado pela Rede Salesiana Brasil e será disponibilizado em breve. O processo da nova configuração e o Capítulo Geral XXIV são para nós oportunidades de retomarmos o próprio caminho vocacional e revivermos a experiência do “primeiro amor”, para que, de fato, nossas comunidades deem testemunho de uma vida entregue a Deus a serviço das juventudes e tenham força de convocação, especialmente para as jovens e os jovens.